O
câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50
anos, embora possa atingir também os mais jovens. Está relacionado às baixas
condições socioeconômicas e de instrução, à má higiene íntima e a homens que
não se submeteram à circuncisão (remoção do prepúcio, pele que reveste a glande
– a “cabeça” do pênis). O estreitamento do prepúcio é um fator de predisposição
ao câncer peniano. Estudos científicos também sugerem a associação entre
infecção pelo vírus HPV (papiloma vírus humano) e o câncer de pênis.
O Brasil é um país com uma das
maiores incidências de câncer de pênis no mundo, com frequência variável,
dependendo da região estudada. O Instituto Nacional do Câncer estimou mais de 4600
casos de câncer de pênis no Brasil em 2009, sendo a região Nordeste a mais
prevalente.
No Brasil, este câncer representa
cerca de 2% de todas as neoplasias que atingem o homem, sendo mais frequente
nas regiões Norte e Nordeste, existindo Estados, como é o caso do Maranhão, em
que sua incidência supera até a do câncer de próstata.
A enfermagem tem relevante papel em
todo círculo que vai desde o descobrimento da patologia, sendo de grande
importância para a resolução dela. Há carência na formação de recursos humanos
em oncologia na área de Enfermagem quer para o ensino como para a assistência.
Não se pode deixar de registrar o relevante papel que o INCA/MS e outras
instituições têm desempenhado para reverter a carência de formação de recursos
humanos como a de adoção de medidas de prevenção e detecção precoce na área de
cancerologia.
Cada região pode apresentar
características diferentes condições de saúde; o atendimento à saúde da população
muitas vezes é determinado por influência de fatores históricos, sociais e
políticos e suas consequências tanto no processo de organização dos serviços de
atendimento ao público como no estabelecimento das políticas adotadas.
O
tratamento se dá desde a lesão primária deve ser tratada, preferencialmente,
por cirurgia, cuja extensão varia desde prostectomia, amputações parcial e
total e até emasculação. A abordagem radioterápica, por não permitir o correto
estadiamento e por implicar em pior controle local da doença, fica reservada
aos pacientes que recusam cirurgia. Outras formas de tratamento local,
incluindo o emprego de laser, crioterapia e microcirurgia de Mohs, raramente
são usadas no CP invasor.
Uma das maneiras de prevenção é voltada aos casos de infecção pelo HPV deve ser abordada e assistida como um problema do casal, sendo importante propiciar tratamento e orientações adequados ao homem e, assim, prevenir sequelas, entre as quais, o câncer de pênis.
Uma das maneiras de prevenção é voltada aos casos de infecção pelo HPV deve ser abordada e assistida como um problema do casal, sendo importante propiciar tratamento e orientações adequados ao homem e, assim, prevenir sequelas, entre as quais, o câncer de pênis.
REFERÊNCIAS:
RÊGO,
A. E. A et al. Revisão Bibliográfica: A
expansão dos casos de câncer de pênis no Brasil. Universidade Federal do Piauí,
Picos , julho de 2016.