LESÃO CELULAR REVERSÍVEL
Na patologia clássica, as alterações morfológicas
resultantes de lesão não letal às células são chamadas de degenerações ou
simplesmente designadas lesões reversíveis. Dois padrões podem ser
reconhecidos ao microscópio óptico: a tumefação celular e a metamorfose
ou degeneração gordurosa .
A tumefação celular é a primeira manifestação de
quase todas as formas de lesão às células. É uma alteração morfológica difícil
de avaliar ao microscópio óptico. Ela pode ser mais aparente quando observamos
o órgão inteiro. Quando esta patologia afeta todas as células de um órgão ,
causa alguma palidez, aumento do turgor e aumento do peso do órgão lesado.
Se a água continua a se acumular dentro das células,
surgem pequenos vacúolos claros dentro do citoplasma. Este padrão de lesão não
letal é às vezes chamado de "alteração hidrópica" ou
"degeneração vacuolar". O crescimento das células é reversível.
As células dos túbulos renais constituem um bom
exemplo de degeneração vacuolar visível microscopicamente.
Os termos esteatose ou metamorfose gordurosa
descrevem acúmulos de triglicerídeos dentro de células parenquimatosas. A
metamorfose gordurosa é frequentemente vista no fígado, uma vez que este é o
principal órgão envolvido no metabolismo de gorduras, podendo também ocorrer no
coração, músculos e rins. As causas da esteatose incluem as toxinas ,
subnutrição proteica , obesidade e abnóxia.
Figura 1. Lesão Celular
Reversível
Figura 2. Lesão Celular
Reversível
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
Necrose: A
necrose, uma das expressões morfológicas da morte celular (sendo a segunda a
apoptose), refere-se a um espectro de alterações morfológicas que se seguem à
morte celular em um tecido vivo , resultante em grande parte, da ação degradativa
progressiva de enzimas sobre a célula letalmente lesada.
As alterações nucleares
aparecem sob a forma de um dentre três padrões:
A basofilia da cromatina
pode diminuir (cariólise), uma alteração que supostamente se reflete na
atividade da DNAse.
Um segundo padrão é a
(picnose), caracterizada pela retração nuclear e aumento da basofilia. Aqui o
DNA aparentemente se condensa em uma massa sólida, basofílica.
No terceiro padrão,
conhecido como (cariorrexe), o núcleo picnótico ou parcialmente picnótico sofre
fragmentação. Com o tempo (um dia ou dois), o núcleo na célula necrótica
desaparece totalmente.
Uma vez que as células
necróticas tenham sofrido as primeiras alterações já descritas aqui, a massa
das células necróticas pode ter vários padrões morfológicos:
- necrose coagulativa : a necrose coagulativa implica na conservação do contorno básico da célula coagulada por pelo menos alguns dias. O processo de necrose coagulativa é característico da morte hipóxica das células em todos os tecidos, exceto o cérebro. O infarto do miocárdio é um exemplo importante, caracterizado por células coaguladas, anucleadas.
- necrose liquefativa : a necrose liquefativa , resultante da autólise ou heterólise, é principalmente característica de infecções bacterianas focais , pois a presença de bactérias constitui poderoso estímulo para o acúmulo de leucócitos . Por motivos obscuros, a morte hipóxica das células dentro do sistema nervoso central geralmente evoca uma necrose liquefativa.
- necrose caseosa : a necrose caseosa , uma forma distinta de necrose de coagulação, é mais freqüentemente encontrada em focos de infecção tuberculosa. O termo "caseosa" é derivado do aspecto macroscópico (branco similar a queijo) da área de necrose.
- necrose gordurosa (esteatonecrose) : a necrose gordurosa enzimática , que na realidade não indica um padrão específico de necrose. Este termo é descritivo de áreas focais de destruição de gordura resultante de liberação anormal de lipases pancreáticas ativadas na substância do pâncreas e cavidade peritoneal. Isto ocorre na emergência abdominal conhecida como "necrose pancreática aguda".
Apoptose: uma
outra forma de morte celular, hoje bastante estudada é a apoptose que é melhor
compreendida como morte celular programada . Este processo ocorre
em várias situações fisiológicas (como o colapso endometrial durante a
menstruação, a destruição programada das células durante a embriogênese, a
deleção de células nas criptas intestinais) e também ocorre em células tumorais.
É um importante objeto de estudo na área de proliferação celular.
FIGURA 3. LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL |
Vídeo explicativo sobre lesão celular reversível e irreversível
REFERÊNCIAS:
UOL
HOST. Lesão e Morte Celular.
Disponível em: <http: //www. haroldogarcia. xpg. com.br/lesao.htm>. Acesso
em: 14.mai.2016.
YOU
TUBE. Lesão irreversível e reversível - microscopia das necroses de
coagulação e caseosa. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=4YodLwFwB50>
. Acesso em: 14.mai.2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.